O
texto proposto para este estudo é “O desafio de educar na era digital:
Educações” de Nelson de Luca Pretto.
Educar...
Em
seu sentido mais amplo, educar se torna cada vez mais difícil, pois as influências
externas (tecnologias) se fazem cada vez mais presentes, influenciando tanto o
ser educador quanto o ser educado, seja no âmbito familiar ou escolar. Mas,
como expõe Pretto pensar sobre a educação é, simultaneamente, pensar na ciência, na tecnologia, na saúde e,
principalmente, na cultura e, tudo isso, de maneira articulada. Então,
ambos os envolvidos no processo educacional não podem deixar de se render a
estes avanços tecnológicos que acontecem tão rápido quanto a luz.
Agora como pensar simultaneamente
neste amalgama de coisas numa comunidade escolar onde a escola, para muitos, há
mais ou menos 6 anos, era o único lugar que tinha energia elétrica? Ou melhor
dizendo, a tecnologia mais avançada era a energia e eles não a tinham em suas
casas. A televisão é uma realidade de poucos anos. O telefone celular agora é
que vem ganhando espaço, mas o sinal ainda é quase inexistente. A rede de
internet é nula. Esse espaço social, coletivo proposto pela internet, alguns de
nossos alunos só o conhecem para, algumas vezes, acessarem as redes sociais. Essa
é a realidade da Escola Epifânio Melo. Porém, “Vivemos em um mundo onde as grandes velocidades e, principalmente, a
aceleração com que os aparatos se deslocam, provocam modificações profundas nas
nossas formas de pensar e de ser. Movemo-nos em velocidades nunca dantes
experimentadas”. (Nelson de Luca Pretto) Isso se confirma quando
relacionamos o tempo que a TV demorou para se expandir com a chegada da energia
na comunidade onde a escola está localizada ( Santa Tereza – Tracuateua – Pará)
e a velocidade que o aparelho celular e internet vem ganhando espaço.
As multimídias na escola, em sua
maioria, fazem-se presente por meio dos projetos federais. Dentre eles estão o
TV Escola, nos quais as tele aulas chegam até nós em coleções de DVDs onde
encontramos vídeos de diversas temáticas que podem ser utilizadas para repasse
de conteúdos com os alunos ou para formação do próprio professor.
As necessidades de se ter estes
produtos na escola vão surgindo de acordo com os avanços tecnológicos. Que antes parecia tão distante hoje é comum
vermos conteúdos sendo ministrados com o auxilio das tele aulas, os filmes
assistidos pelos alunos ganharam a projeção de um data show e, o dinamismo vai
aumentando e enriquecendo as aulas através das multimídias. Mas, ainda não
temos um laboratório de informática e nem estrutura para abraçarmos um se
ganharmos do governo. Infelizmente, nossa realidade é essa.
Isso nos leva a refletir sobre um
questionamento feito por Pretto sobre a educação atual “...continuaremos a pensá-la numa perspectiva singular ou deveríamos
pensá-la em uma perspectiva plural, em educações?” Considerando a
influência, que já citamos no primeiro parágrafo, das tecnologias no âmbito
educacional devemos pensar em educações, haja vista que a escola já deixou há
muito tempo de ser o único lugar onde o ensino-aprendizagem formal acontece. As
tele aulas, as vídeos conferencias, os sites que propõe ensinos gratuitos a
distância, dentre outras possibilidades educativas existentes estão aí para nos
convencer que a todo momento e em qualquer lugar esta educação formal pode
acontecer.
Sabe-se que a tecnologia está em
tudo que tocamos ou vivenciamos hoje em dia, mas o foco do texto de Pretto é a
tecnologia digital. E ele faz alusão ainda a nanotecnologia, que é a tecnologia
que não se vê. Mesmo não podendo vê-la e
nem tocá-la, seu desenvolvimento tem proporcionado grandes avanços na indústria
eletrônica, na de materiais, na farmacêuticas e em muitos outros, (Revista
Nova Escola, junho de 2014). Essa afirmativa publicada recentemente, nos remete
ao que já foi citado e firmado por Pettro que temos que pensar em todas essas
mudanças e em todos os setores simultaneamente. Os avanços tecnológicos não
estão só nas máquinas ou na ciência, a educação deve estar antenada para esses
avanços também. Mas como? Proibindo o uso delas na escola? Não se pode usar o
celular na sala de aula! Então, que se crie uma politica onde se faça
necessário um planejamento pedagógico voltado para a inclusão das mídias
digitais, também.
No tópico referente às politicas
públicas Pettro diz que não deve-se pensar de forma isolada quando o assunto
são os avanços tecnológicos, portanto na escola, se queremos estar inseridos
nesses avanços digitais, estes devem ser inseridos no Projeto Político
Pedagógico da escola, caso contrário será mais uma imposição social dentro de
uma instituição pública despreparada. Entretanto, é como lemos no texto de
Pettros temos que pensar no caminho e no caminhar, e para que isso tenha êxito
na educação faz necessário o planejar
O planejamento é o “esqueleto” do
ano letivo na escola. Se o “esqueleto” não for bem moldado, o ano letivo vai se
desestruturar e quem mais vai sentir esta desordem estrutural será o aluno.
Mas, e a escola? Será que está estruturada para receber este belo planejamento
com as tecnologias digitais inclusas? “Fica muito difícil continuar a pensar na
rede escolar com a arquitetura que não favoreça essas novas e necessárias
posturas...” quando Pettrus faz essa colocação, não se refere só ao espaço
físico, faz alusão a todo corpo técnico pedagógico, professores e alunos da
escola.
Portanto, faz-se necessário uma
escola equipada, uma gestão bem informada, um alunado com interesse a aprender,
mas também é de suma importância um professor se sentido valorizado por todo esse
corpo humano que compõe a escola. O respeito e o valorizar o ser humano diminui
as dificuldades enfrentadas, com isso o professor volta a ser aquele mediador
que o aluno precisa para vencer na escola o que ele, muita das vezes hoje não
tem mais em casa, educação.
Uma analogia entre teoria e realidade bem colocada.
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